“Eu bato palmas para o Bielsa, porque ele foi muito sincero, assim como eu fui (em 2017). Fiz, faço e vou continuar fazendo. Não tem nada de errado”, disse Renato em reportagem exibida no programa da TV Globo. “Todas as Libertadores que disputei aqui no Grêmio a gente pegou várias jogadas ensaiadas dos adversários devido aos nossos espiões, que nos ajudam muito. Vai falar que é falta de ética? De forma alguma. Se alguma fizer comigo, vou dar os parabéns, porque conseguiram informações que eu estava tentando esconder”, acrescentou.
Outro a favor da prática no futebol é Joel Santana. Para o experiente treinador, a prática é usada até mesmo nas competições amadoras. “Espião existe até na ‘pelada’, cara. Eu acho que é valido, para fazer um futebol melhor”, disse. Em contrapartida, os técnicos dos principais clubes mineiros desaprovam espionagem. Enquanto Levir Culpi, do Atlético-MG, reprime o fato de “invadirem” centro de treinamentos rivais, Mano Menezes, do Cruzeiro, chegou a citar o caso do Grêmio de Renato e disse que a prática “vai além” do futebol.
“Eu acho que é completamente antiético, sem graça nenhuma você fazer um cara entrar no CT de outro clube”, opinou Levir. “Quando a gente é espionado, se o espião é bom, a gente não descobre”, afirmou Mano Menezes. “Colocar drone, como a gente tem informação, tem uma empresa argentina que presta o serviço e uma equipe brasileira já usou, eu acho que vai além do limite”, concluiu o cruzeirense.